domingo, 27 de junho de 2010

Sou puro romance

Relendo uns cadernos onde eu sempre costumei escrever as tantas coisas que se passam dentro da minha cabeça, me deparei comigo mesma. E quis vocês nessa madrugada pra falar de amor, de coisas simples, de tecer nossos sentimentos e ao mesmo tempo conseguir transformá-los em uma conversa pura. Tenho andado silenciosa. Mas eu penso tanto! Isso vocês já sabem. Mas acontece que hoje eu percebi que não estou gostando nada desse silêncio todo. Acho que já deu! Entre Clarice, Vinícius e Kahlil Gibran (esse último, um poeta incrível a quem tenho que apresentá-los), achei trechinhos das minhas bobagens de alguns anos atrás. Caio ainda não tinha chegado pra mim - embora eu sempre tenho sido ele, mesmo sem saber -.

Mais um momento comigo antes de dormir. Só comigo. As vezes acho que sou diferente porque sinto as coisas de um jeito que raramente ouso dividir com alguém. Sou como uma janela emperrada: fechada ou totalmente escancarada. Sinto tanta coisa junta, que sinto necessidade de colocar pra fora e a maneira mais fácil de fazer isso é num papel. Nem sempre consigo passar os meus pensamentos para palavras, algumas vezes elas distorcem, subvertem o sentido daquilo. Sou puro romance. Quando pego o lápis, tudo se vai, como se algo estivesse me dizendo que tudo é só meu. Que só pertence a mim.
Eu acredito nos contos de fadas. Acredito no cinema. Me emociono com as coisas. Há emoção em tudo, mas nem em tudo a percebo. Estou tentando buscar lá no fundo de mim tudo isso. Mas tudo me escapa. Tudo é só meu. Não sou boa em olhar nos olhos. Eles me entregam, são as janelas pra o meu mundo. Eu ponho os óculos com a esperança de que eles de alguma forma não falem o que eu quero calar.
Me acho nos mínimos detalhes dos meus dias. A cada um, me renovo, me transformo em uma Larissa que não conheço e sou apresentada a mim mesma a cada pensamento.”


Não sei quando escrevi isso, mas me encontro na mesma situação que descrevo aí: Quando pego o lápis, tudo se vai, como se algo estivesse me dizendo que tudo é só meu. Que só pertence a mim. Ainda acredito nos contos de fada e no cinema e acho que hoje consigo ver a emoção em quase tudo. Ainda sou puro romance. Ainda sou essa janela emperrada e ainda estou me achando, renovando e sendo apresentada a Larissas que não conheço.


Um presente pra vocês:

"Nada pode nos afastar; nem eu, nem você podemos mudar esta relação. Eu quero que você se lembre pelo resto dos seus dias, que você é a pessoa mais importante do meu mundo. Que, mesmo que você e casasse sete vezes com sete homens diferentes, tudo continuaria igua em meu coração."
Kahlil Gibran



P.s.: Surpresos? Eu também!

2 comentários:

  1. Surpreso, feliz! Não sei qual dos dois é mais intenso. Talvez os dois estejam dividindo a minha atenção, na mesma proporção. Talvez os dois estejam florescendo aqui do lado de dentro! Do lado de dentro! rs...
    Depois disso, tudo são flores.
    Flores, para alguém surpreso, feliz, e cheio de orgulho de você.

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  2. Tudo bem, sou lerdo. Tudo bem, levei séculos para descobrir qual era a surpresa.Tudo bem que você é a melhor surpresa!

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