quarta-feira, 21 de julho de 2010

Revelia

Revelia. Pobre arte fria, pobre de mim que só sei a ti fazer e desejar-te tal amante, amada. Arte da dor, do sofrer, de chorar e esvaziar-me por completo, depois torrente, enfim saudade - palavra maldita!Maldita e desejável como a outra, não a meretriz, a puta sofrida e dolorosa como o peso da sua alcunha. Desejável como a atriz menina, silenciosa e bandida que roubara de mim esse instante de vazia inspiração. Já que são seus os meus versos, minha muda palavra, minha arte perdida entre trilhões de bytes, gritarei, berrarei o mais alto para que chegue até o celeste, o etéreo: Desejo-te sem fim, enfim por saber de ti toda sua beleza!



Leonardo Moreira de Andrade

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