domingo, 3 de janeiro de 2010

Apresentando: Três na Nossa.

Por Leonardo Moreira

Tire a sua roupa e sinta a brisa leve da manhã ainda fria percorrer o seu corpo a provocar surtos, carnavais de arrepio. O clima é frio e de nenhuma forma lembrará as sensações Brasileiríssimas que se estampam no rubor das peles alvas ou nas lustrosas faces negras que desfilam sobre o sol que se levanta às margens dos nossos mares. A distância que se faz continental é a mesma entrelaçada a nossa vontade presencial de você, separada, aqui no Brasil, apenas por estados. Desejar e falar de um ser não táctil e nunca visto se não de forma virtual não é impossível, basta a mim a presença do nazareno para os que crêem, como afirmação de tudo que falarei por aqui. As palavras que acabo amontoando, perfilando em linhas pré-moldadas endereçam-se a uma mulher que dista de nós barreiras físicas, porém se aproxima nos embriões das nossas proles artísticas.Eu queria por demais falar, enumerar nessa página, onde se fariam necessárias inúmeras outras, de casos, noites embriagadas, porres, proles, peças, filmes, teatros, crenças debatidas cara-a-cara onde possível fosse sentir o bafo quente e alcoolizado, combustível de toda sanidade insana que nos pertence, mas até agora não fora possível. Este trabalho que nos permitimos fazer, que o Vitor aceitou de forma carinhosa e que acredito também ter sido aceito com a mesma intensidade por você, visa o misto das nossas tão diversificadas formas de arte e também o intercambio cultural de nossas raízes e costumes.

Próximo a você deve ter uma janela, uma porta esperando, chegue até ela, dispa-se e sinta então os tais arrepios que anteriormente elucidei. Sabe o que é? Uma forma sutil de o seu corpo dizer: saudades!


Por Larissa Fontes

Eu acredito na poesia. Acredito em todas as formas de amor. Acredito nas letras de musicas e nos sentimentos que levaram alguém a escrevê-las. Acredito na beleza da tristeza e na forca que ela nos dá.

Numa noite de me sentir só nesse outro lado do mundo, de olhar pela janela e sentir que tudo lá fora é triste, lembrei não sei por que e entendi o que o Zeca Baleiro sentia quando escreveu que “essa é a noite do cachorro doido”. O imaginei num bar, embriagado, sentindo o amor em sua forma arrasadora. Bonita tristeza.

Essas impressões e sentimentos não podem ser compartilhados com qualquer pessoa. Mas existem pessoas com quem você pode passar uma noite inteira na frente de um computador, divagando sobre sentimentos perdidos, passados, futuros, sobre uma forma melhor ou pior de enxergar a vida passando por você. Elas nem precisam aparecer pessoalmente, e mesmo assim algo leva você a ela. Algo une. Algo como um laço, que uma vez tocados por ele, nunca mais poderá largar.

Como diria meu amado Vinicius, “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”.

Nessa minha caminhada por blogs, encontrei uma pessoa fora do normal. Não sei de onde vem essa confiança, esse carinho de amizade sempre cultivada, quiçá com abraços, beijos, noites em bares, artes trocadas com admiração recíproca e verdadeira. Mas não. Não precisamos disso. Não para sermos amigos. Companheiros. Mesmo no desencontro. Pergunto-me de onde vem tudo isso, mesmo sabendo: vem da poesia. Da tua, da minha. Da nossa poesia.

Da minha admiração pela tua vontade de fazer arte a qualquer custo. E do teu jeito de enxergá-la em tudo. Dos teus medos compartilhados comigo em madrugadas pesadas de parecerem inacabadas. De te dar forca e dizer que amanhã vai ser outra coisa.

Dessa amizade, um novo encontro, mergulhado em poesia. Outra amizade a florescer sob esses olhos encantados. Que seja doce. Sete vezes. Todas as formas de arte, de poesia. De encontro.

Então vamos juntos, na nossa, na bossa, na nossa bossa.


Por Vitor Andrade

A idéia de ‘encontros’ sempre me pareceu muito encantadora. Não sei o porquê, nem de onde vem. Mas imagino um grande tabuleiro, e peças marcadas para se encontrarem em algum momento deste jogo. Os motivos estão por trás. A música. A poesia. A arte. O amor pelo que move esses corações fadados a viver e fazer arte. Intrínseca à rotina. Como um banho, um almoço, um sorriso, uma poesia.

Encontrar a Lari foi somar e multiplicar. Nunca subtrair. E é seguido pela certeza do que é construído com base na verdade, na arte, e na música. E nunca acaso. Uma atriz, uma mulher, uma beleza, uma artista, e um encanto. Testemunhamos os surgimentos de algumas madrugadas, regadas a uma boa conversa, a uma confiança que surgiu, por que tinha que existir, e sempre à inspiração. E o que a música une ninguém separa. Nesse círculo de blogspot, como certa vez, dissera certo mestre em uma das suas formas de expressão, e que me abraçou com carinho. Vida-longa a ele, a música, a tudo o que nos inspira.

Encontrar o Léo, ou simplesmente Moreira, foi também somar. Encontrar poesia, e uma parceria pra fazer da música, um pouco mais rotina. Firmado nesse universo – quase paralelo – da arte. Um intelecto, um sábio, um amigo, um artista. Outras noites, e madrugadas, onde a vontade de fazer da arte, vida, se fez presente nas conversas. A mesma vontade de viver de arte, permite que os gritos de inspiração aflorem, e tomem forma. É dele a (feliz) idéia do que estamos iniciando hoje. Fazer com que – ainda que aos poucos – todos percebam que a arte esta em tudo. Em mim, em você, e no mundo.

Que se inicie, e se perpetue. Como o desejo do Gil em "Drão": “Estende-se Infinito”. E vamos os três rumo ao que é nosso, na nossa. Os três na nossa.



6 comentários:

  1. Lindo isso aqui. :) Hahah, orgulho de voces.

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  2. Orgulho de vocês [2]
    Temos um comentário no meu blog, de uma amiga que não conseguiu comentar aqui!

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  3. Um é pouco, dois é bom, três é demais. E é demais mesmo. Já fiquei encantada por aqui, e de tanta bossa nova, já quero mais músicas pra meus pés saírem rodopiando por aí: )

    Que se faça a Arte sempre, sempre.

    Parabéns aos três!

    Beijo doce.

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  4. (como não consegui postar no Infinitamente Pessoal do Vitor, e como sou insistente, vim deixar por aqui.)

    "Gosto de quem agradece ao céu estrelado, por ter derramado sua estrela maior sobre aquela terra..."

    Vitor,
    Como não se encantar pelo que li por aqui?
    É uma coisa musicada, e que mesmo em prosa, deu vontade de sair declamando, e claro, num tom Caetano-Baiano de falar.
    Quero conhecer a Bahia, e se assim ser, numa viagem sem volta.

    Um beijo enorme!

    Ps: Posso confessar? Quando volto da faculdade, sempre volto olhando pro céu, num bate-papo gostoso entre Lua, estrela e sonhos.

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  5. Aiiiiiiii que lindo....


    Adoreiiiiiiiiiii o blog!!!


    beijo

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